Desafios Climáticos, Queda na Produção Mundial e a Ascensão do Azeite Batalha – Uma Nova Era para a Olivicultura Brasileira

O azeite de oliva, conhecido como o “ouro líquido”, tem desempenhado um papel fundamental na culinária e na cultura ao longo dos séculos. Extraído das azeitonas, frutos da oliveira, este elixir dourado é apreciado não apenas por seu sabor rico e nuances aromáticas, mas também por seus benefícios à saúde. Ao adentrarmos o universo do azeite, deparamo-nos com desafios que reverberam globalmente, iluminados por uma esperança proveniente do Brasil, representada pelos poucos produtores nacionais.

A qualidade do azeite é uma dança complexa com os elementos climáticos. Chuvas, a falta de frio no repouso invernal da planta e a veceria, a alternância de produção ao longo do ciclo produtivo, todos são fatores cruciais. Condições adversas, como secas e ondas de calor, não apenas afetam a quantidade, mas também a qualidade do líquido dourado. A delicada oliveira exige condições específicas, incluindo temperaturas abaixo de 12 graus por aproximadamente 450 horas e altitudes superiores a 900 metros para florescer plenamente.

Por que azeite esta caro

No contexto mundial, a produção de azeite enfrenta uma encruzilhada crítica. As sete principais nações produtoras, responsáveis por aproximadamente 1.97 milhão de toneladas na safra 2023/24, antecipam uma queda de 23%, impulsionada principalmente por uma seca persistente que castiga os olivais espanhóis. As ondas de calor, com temperaturas superiores a 40°C, chegaram a queimar árvores em algumas regiões do país. A secura, combinada com ondas de calor intensas, resultou em uma redução drástica na produção, deixando em seu rastro cerca de 680 mil toneladas na safra de 2022/23.

A crise climática teve um impacto significativo no preço do azeite. Em 2020, o preço na origem, aquele que o produtor recebe ao vender aos distribuidores, de 100 kg de azeite de oliva extra, era de € 202 (R$1.058), cerca de 4 euros o litro. Após a crise climática de 2023, o preço do azeite de oliva ficou 24,5% mais caro, e o preço médio do azeite extra virgem ultrapassou os 7 euros.

Azeite Brasileiro

No território brasileiro, a produção de azeite desponta, embora ainda esteja aquém da demanda crescente. Com 7 mil hectares de oliveiras, o Brasil gerou 700 mil litros de azeite na safra 2022/23, representando apenas 0,7% do consumo nacional. Contudo, o país se destaca com 12 marcas entre as melhores do mundo, evidenciando a qualidade e a competitividade do produto brasileiro. O clima tropical do Brasil, com a formação do azeite entre julho e setembro, introduz uma complexidade única à produção, onde as nuances climáticas influenciam diretamente a qualidade.

Azeite Batalha

No horizonte desafiador do azeite global, emerge um ponto luminoso: o Azeite Batalha, liderado pelo visionário Luiz Eduardo Batalha. Com quatro medalhas de ouro recentes nos EUA e na Argentina, totalizando 54 premiações internacionais, a marca se firma como pioneira e líder no mercado nacional de azeites premium. Batalha, presidente do conselho administrativo do IBRAOLIVA, enfatiza a importância desses reconhecimentos internacionais, destacando o papel crucial da marca no cenário do agronegócio brasileiro.

Desde o plantio inaugural das oliveiras em 2010, a Azeite Batalha revolucionou o mercado nacional, colocando o Brasil no mapa dos produtores respeitados de azeites de alta qualidade. Reconhecida por sua qualidade, baixa acidez e mais de uma década de experiência, a marca destaca-se em um cenário antes dominado pela produção europeia. Com a maior área de plantio de oliveiras no Brasil, aproximadamente 100 mil pés na região da Campanha, no Rio Grande do Sul, a empresa colheu a maior safra de sua história em 2023, produzindo mais de 200 mil litros e recebendo o prestigioso selo Produto Premium Origem e Qualidade RS.

Batalha afirma com orgulho: “Somos o maior produtor brasileiro de azeite, e a região da Campanha tem potencial para se tornar uma potência mundial nesse agronegócio.” Com tecnologia de ponta e um compromisso inabalável com a qualidade, a Azeite Batalha está pavimentando o caminho para um futuro brilhante na olivicultura brasileira. Neste momento crucial, a ascensão do Azeite Batalha representa não apenas uma conquista para a marca, mas uma promissora era dourada para o azeite brasileiro, onde frescor, aromas e sabores inigualáveis estão destinados a adornar as mesas dos consumidores.

Como o azeite é feito

O processo de criação deste líquido dourado é uma jornada de paciência e paixão, um casamento entre a tradição e a modernidade.

Tudo começa com a colheita meticulosa das azeitonas, uma coreografia que se desenrola entre trabalhadores rurais que, com suas mãos habilidosas, selecionam as frutas maduras dos galhos. Em seguida, as azeitonas são levadas para o moinho, onde a magia da transformação se inicia. Aqui, a dança das pedras ou o turbilhão das máquinas de centrifugação convertem as azeitonas em uma pasta sedosa, liberando o precioso suco. É um momento de transição, onde o sol capturado pelas folhas verdes é aprisionado em gotas brilhantes de azeite.

Após a extração, o azeite passa por um delicado processo de filtragem, revelando sua pureza translúcida, então o azeite de oliva repousa em tanques de aço inoxidável, aguardando o momento de ser engarrafado.

A Importância de Priorizar o Azeite Brasileiro

Em um país tão vasto e diverso como o Brasil, onde a culinária é um verdadeiro caldeirão de sabores, é imperativo que os apreciadores da boa gastronomia atentem para a importância de priorizar o azeite de oliva nacional. Além de ser uma decisão que fortalece a economia local, escolher o azeite brasileiro é um ato de reconhecimento e valorização das riquezas que nossa terra oferece.

Ao optarmos por marcas nacionais, não apenas estamos contribuindo para o desenvolvimento sustentável da agricultura em nosso país, mas também nos permitimos explorar a diversidade de terroirs brasileiros, traduzida em azeites que refletem as características únicas de cada região. É uma jornada sensorial que nos conecta com a riqueza de nosso solo e com os produtores que, com dedicação, extraem o melhor de nossas oliveiras.

Priorizar o azeite nacional é mais do que uma escolha, é um compromisso com a qualidade, a autenticidade e a construção de uma identidade gastronômica brasileira, em que o dourado líquido das azeitonas se torna um símbolo de orgulho e sabor local.

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